Tiver a oportunidade de entrevistar esse autor querido, vem conferir!
1- De onde surgiu a ideia de cada um dos seus livros?
R.: Pergunta difícil (risos). No caso do AEcM12, eu tive essa ideia esperando uns amigos em um bar. Eu queria uma ideia nova para um outro romance que estou escrevendo, acabei gostando tanto que desisti de usá-la no tal livro e fiz outro. Um dos meus contos veio de um sonho. De fato, eu pensei em começar a colocar no papel uns sonhos e disso veio a ideia de escrever três contos. As ideias podem vir de qualquer observação minha também, eu sou bastante criativo, começo a história sem ter muito e ela brota naturalmente.
2- Qual livro seu você prefere?
R.: Os próximos que escreverei. Sempre pensei assim, não sou apegado, talvez por ser artista plástico. Sempre acho que meu próximo trabalho será melhor. Aliás, eu gosto mais dos meus livros enquanto estou escrevendo, então, não tenho um preferido, quero que meu próximo livro seja meu preferido enquanto o seguinte não ficar pronto.
3- Tem previsão pra outro livro seu ser lançado?
R.: Ainda não tenho certeza, pensei em maio ou junho inicialmente, mas meu próximo possível livro, estou em revisão editorial, é bem complexo, bem instigante e depressivo, talvez deixe ele para depois e tente lançar o primeiro volume da minha saga.
4- Você acha que é muito difícil ser autor brasileiro? Acha que os autores brasileiros tem sido mais aceitos ultimamente?
R.: Sim e não (risos). Acho que é mais fácil ter um livro lançado hoje em dia, são muitas editoras novas e não é mais tão complicado ser independente. Ainda acho que somos pouco valorizados por editoras e mercado, isso vale para todas as artes, porque o capitalismo dominou tudo. É mais importante o sucesso em vendas do que a qualidade, então se um livro ruim de um estrangeiro tem previsão de vender melhor ele passa a frente de dezenas de melhores livros dos autores nacionais.
Estou, entretanto, acreditando (esperançoso) em um movimento parecido ao do cinema nacional, com os escritores brasileiros sendo mais lidos depois de um hiato. A internet tem ajudado bastante.
5- O que você diria para alguém que quer lançar um livro, mas tem medo de lançar e ele não ser bem aceito?
R.: Toda crítica é uma forma de aprendizado, mas a única verdadeiramente importante é a pessoal. A arte tem de agradar ao artista. É claro que o escritor precisa ter o dom da paciência e ignorância. Aprender a não externizar as mágoas contra críticas ruins nem sobrevalorizar os elogios. O escritor escreve, em primeiro lugar, para si mesmo. O jovem escritor tem que escrever muito, muito, antes de pensar em lançar um livro. Se o livro lançado não receber boas críticas, veja aonde estão os pontos a melhorar, e se acostume, ninguém só recebe elogios, além disso, existe leitor para todo tipo de gosto.
6- Como tem sido desde a publicação do seu livro? Tem sido o que você esperava?
R.: Essa resposta vai parecer meio maluca. Acho que não. Não tem sido como eu esperava. Eu esperava mais vendas, tenho vendido muito pouco, e menos elogios, melhor dizendo, um equilíbrio maior entre venda e elogio. O meu livro só tem recebido elogios, quem menos gosta ainda acha ótimo, isso é incrível, eu não esperava por tantos elogios, mas esperava que ele atraísse mais compradores. O que significa, simplesmente, no meu entender: elogios, ainda que muitos, não bastam para vender um livro. Talvez exista algum tipo de preguiça por eu ser independente e meu livro não estar nas grandes livrarias, não sei dizer. Em suma, feliz além das minhas expectativas com os elogios, preocupado com a vendagem, enquanto esperava um equilíbrio entre os dois.
7- Você se inspira em alguém/algo para escrever os seus livros?
R.: Eu brinco que pego sotaque de escritor, porque o estilo das minhas leituras acaba me influenciando. Eu gosto dos escritores irônicos, que abusam da psicodelia no texto, das frases marcantes. Eu me inspiro em Charles Dickens, na arte de dominar a narrativa, pouquíssimos escritores chegam aos pés desse genial inglês nessa área. Trago inspiração de Saramago, Machado de Assis, Cony, principalmente da ironia e inteligência das frases e do estilo. Minha revisora disse que meu estilo se parecia com do Moacir C. Lopez, corri para ler “A Ostra e o Vento”, simplesmente adorei e peguei mais inspiração. Em suma, a leitura do momento me inspira e meu aprendizado é inspirado pelos meus escritores favoritos, na melhor qualidade de cada, mas eu já tenho um estilo bem particular, bagunçado, misturado (risos).
8- Quais tipos de leitura você tem o hábito de fazer?
R.: De tudo dentro das minhas preferências, fugindo pouco delas. Eu gosto de livros onde a frase é o destaque, a brincadeira com as palavras e a narrativa. Prefiro livros com poucos diálogos, ritmo alucinante e histórias mais doidas. Por exemplo, quando saiu a sinopse do livro “A Idade dos Milagres” eu corri para comprá-lo, porque a terra passa a girar mais lentamente. Esse tipo de coisa me atrai.
Gosto também de incluir autores nacionais e muitos clássicos, prefiro os clássicos, nas minhas leituras, sou o inverso da maioria, só ultimamente estou tentando ler mais livros jovens.
9- Qual o seu autor(a) preferido(a)?
R.: Charles Dickens, José Saramago, Carlos H. Cony, Mario Vargas Llosa, Aldous Huxley, para citar alguns.
10- Gostaria muito de agradecer você ter tirado um tempinho para nos responder. Nós da REVISTA GALAXY estamos muito felizes e desejamos um sucesso enorme para a sua carreira sempre!
R: Obrigado, eu que agradeço a oportunidade.
Agora é esperar por mais livros dele haha Quem ai já leu algum livro dele? O que acharam? E o que acharam da entrevista? Conta pra gente, vai!
R.: Pergunta difícil (risos). No caso do AEcM12, eu tive essa ideia esperando uns amigos em um bar. Eu queria uma ideia nova para um outro romance que estou escrevendo, acabei gostando tanto que desisti de usá-la no tal livro e fiz outro. Um dos meus contos veio de um sonho. De fato, eu pensei em começar a colocar no papel uns sonhos e disso veio a ideia de escrever três contos. As ideias podem vir de qualquer observação minha também, eu sou bastante criativo, começo a história sem ter muito e ela brota naturalmente.
2- Qual livro seu você prefere?
R.: Os próximos que escreverei. Sempre pensei assim, não sou apegado, talvez por ser artista plástico. Sempre acho que meu próximo trabalho será melhor. Aliás, eu gosto mais dos meus livros enquanto estou escrevendo, então, não tenho um preferido, quero que meu próximo livro seja meu preferido enquanto o seguinte não ficar pronto.
3- Tem previsão pra outro livro seu ser lançado?
R.: Ainda não tenho certeza, pensei em maio ou junho inicialmente, mas meu próximo possível livro, estou em revisão editorial, é bem complexo, bem instigante e depressivo, talvez deixe ele para depois e tente lançar o primeiro volume da minha saga.
4- Você acha que é muito difícil ser autor brasileiro? Acha que os autores brasileiros tem sido mais aceitos ultimamente?
R.: Sim e não (risos). Acho que é mais fácil ter um livro lançado hoje em dia, são muitas editoras novas e não é mais tão complicado ser independente. Ainda acho que somos pouco valorizados por editoras e mercado, isso vale para todas as artes, porque o capitalismo dominou tudo. É mais importante o sucesso em vendas do que a qualidade, então se um livro ruim de um estrangeiro tem previsão de vender melhor ele passa a frente de dezenas de melhores livros dos autores nacionais.
Estou, entretanto, acreditando (esperançoso) em um movimento parecido ao do cinema nacional, com os escritores brasileiros sendo mais lidos depois de um hiato. A internet tem ajudado bastante.
5- O que você diria para alguém que quer lançar um livro, mas tem medo de lançar e ele não ser bem aceito?
R.: Toda crítica é uma forma de aprendizado, mas a única verdadeiramente importante é a pessoal. A arte tem de agradar ao artista. É claro que o escritor precisa ter o dom da paciência e ignorância. Aprender a não externizar as mágoas contra críticas ruins nem sobrevalorizar os elogios. O escritor escreve, em primeiro lugar, para si mesmo. O jovem escritor tem que escrever muito, muito, antes de pensar em lançar um livro. Se o livro lançado não receber boas críticas, veja aonde estão os pontos a melhorar, e se acostume, ninguém só recebe elogios, além disso, existe leitor para todo tipo de gosto.
6- Como tem sido desde a publicação do seu livro? Tem sido o que você esperava?
R.: Essa resposta vai parecer meio maluca. Acho que não. Não tem sido como eu esperava. Eu esperava mais vendas, tenho vendido muito pouco, e menos elogios, melhor dizendo, um equilíbrio maior entre venda e elogio. O meu livro só tem recebido elogios, quem menos gosta ainda acha ótimo, isso é incrível, eu não esperava por tantos elogios, mas esperava que ele atraísse mais compradores. O que significa, simplesmente, no meu entender: elogios, ainda que muitos, não bastam para vender um livro. Talvez exista algum tipo de preguiça por eu ser independente e meu livro não estar nas grandes livrarias, não sei dizer. Em suma, feliz além das minhas expectativas com os elogios, preocupado com a vendagem, enquanto esperava um equilíbrio entre os dois.
7- Você se inspira em alguém/algo para escrever os seus livros?
R.: Eu brinco que pego sotaque de escritor, porque o estilo das minhas leituras acaba me influenciando. Eu gosto dos escritores irônicos, que abusam da psicodelia no texto, das frases marcantes. Eu me inspiro em Charles Dickens, na arte de dominar a narrativa, pouquíssimos escritores chegam aos pés desse genial inglês nessa área. Trago inspiração de Saramago, Machado de Assis, Cony, principalmente da ironia e inteligência das frases e do estilo. Minha revisora disse que meu estilo se parecia com do Moacir C. Lopez, corri para ler “A Ostra e o Vento”, simplesmente adorei e peguei mais inspiração. Em suma, a leitura do momento me inspira e meu aprendizado é inspirado pelos meus escritores favoritos, na melhor qualidade de cada, mas eu já tenho um estilo bem particular, bagunçado, misturado (risos).
8- Quais tipos de leitura você tem o hábito de fazer?
R.: De tudo dentro das minhas preferências, fugindo pouco delas. Eu gosto de livros onde a frase é o destaque, a brincadeira com as palavras e a narrativa. Prefiro livros com poucos diálogos, ritmo alucinante e histórias mais doidas. Por exemplo, quando saiu a sinopse do livro “A Idade dos Milagres” eu corri para comprá-lo, porque a terra passa a girar mais lentamente. Esse tipo de coisa me atrai.
Gosto também de incluir autores nacionais e muitos clássicos, prefiro os clássicos, nas minhas leituras, sou o inverso da maioria, só ultimamente estou tentando ler mais livros jovens.
9- Qual o seu autor(a) preferido(a)?
R.: Charles Dickens, José Saramago, Carlos H. Cony, Mario Vargas Llosa, Aldous Huxley, para citar alguns.
10- Gostaria muito de agradecer você ter tirado um tempinho para nos responder. Nós da REVISTA GALAXY estamos muito felizes e desejamos um sucesso enorme para a sua carreira sempre!
R: Obrigado, eu que agradeço a oportunidade.
Agora é esperar por mais livros dele haha Quem ai já leu algum livro dele? O que acharam? E o que acharam da entrevista? Conta pra gente, vai!