Venho novamente com uma entrevista maravilhosa pra vocês, e dessa vez é com o Estevan, autor do livro O voo de Icarus.
Vamos conferir?
Vamos conferir?
1- De onde surgiu a ideia de escrever esse livro?
R: A ideia surgiu há uns oito anos quando eu comecei a adquirir muito interesse pelo lado subconsciente da mente humana. Pesquisei sobre a influência de agentes químicos a nossa percepção e li muitos temas filosóficos referentes à subjetividade. Mas isso não era o bastante, eu queria imaginar essas questões 60 anos no futuro. Adoro aquelas ficções científicas que exploram as características técnicas das tecnologias vindouras. Logo, reuni esses ingredientes e criei a trama de O Voo de Icarus.
2- O que você pensa sobre os leitores brasileiros? Acha que eles dão mais valor para os livros que são de autores de fora, ou acha que isso já esta mudando?
R: Os livros mais vendidos do Brasil são de autores estrangeiros. Esporadicamente, algum autor nacional pode figurar na lista dos dez mais vendidos, mas é raro. Mesmo que o número de autores nacionais, sobretudo os de literatura fantástica, tem aumentado significativamente nos últimos anos, os bestsellers internacionais ainda imperam. Eles já chegam como blockbusters. Não é por falta de qualidade que a literatura nacional não tem se destacado, mas por falta de marketing editorial. Grandes editoras nacionais não querem correr riscos. É muito mais seguro publicar aquilo que já é um sucesso lá fora.
3- Pensa em escrever mais um livro? È o seu primeiro livro?
R: Depois que lancei O Voo de Icarus, participei de 6 antologias e, este ano, será lançada uma antologia da qual sou organizador. O Voo de Icarus foi meu primeiro livro, depois de ter participado de uma antologia de ficção científica e outra de terror. Já dei início ao meu segundo livro, porém, creio que vai demorar um pouco para o lançamento, pois envolverá muita pesquisa. Será uma história alternativa na qual, neste momento, ocorre a terceira guerra mundial.
4- Até onde você acha que nossa mente pode nos levar?
R: Pode nos levar ao sucesso. Pode nos levar ao fracasso. Pode nos levar a uma grande revelação. Pode nos levar a uma ilusão. Ela nos leva onde desejamos ir, apesar de desse desejo poder ser inconsciente.
5- Você acha que as vezes preferimos fugir de nossas realidades? Por que?
R: Algumas pessoas preferem, sim. E a quantidade daqueles que preferem administrar um mundo irreal a conviver com a dureza do mundo considerado “real” vem crescendo significativamente. A pressão pela equiparação social é grande. As pessoas desejam os melhores apetrechos tecnológicos, as melhores marcas de vestuário, os automóveis mais sofisticados, etc. As cobranças profissionais são intensas e o tempo disponível para o lazer está mais escasso. A quantidade de informação disponível pela web é tanta que não é mais possível assimilá-la numa vida. Horas e horas são gastas com o convívio virtual. Os valores humanos vêm perdendo terreno em detrimento de uma cultura mais individualista. Muitos percebem que não estão mais conseguindo acompanhar a maré, mas não admitem isso. Como eu escrevi no livro, “o ser humano costuma se tornar escravo daquilo que cria”. E as cobranças sociais e profissionais prosseguem. Surge a aflição, o desespero, a depressão, a agonia e o pânico. “Realidades alternativas” podem vir a ser atraentes, tais como o álcool e as drogas, e alguns usuários se tornam viciados. Chegam ao fundo do poço, mas continuam cavando. Enxergam Deus no fundo de um copo de uísque ou na fumaça vinda da queima de um baseado ou de drogas mais pesadas. Não são todos que buscam tratamento médico por receio de enfrentar os agentes causadores de seus males. Resumindo, a fuga para a irrealidade começa quando há uma má conduta da realidade.
6- Você tem alguma mania? Alguma coisa que você SEMPRE faz antes de começar a escrever? Um jeito de se concentrar ou algo assim..
R: Sim. Gosto de ouvir uma boa música. Quando escrevo algum trecho de ação, gosto de me inspirar com algumas trilhas de Hans Zimmer e Trevor Rabin. Quando o tema é mais introspectivo, sons mais melódicos de Jerry Goldsmith e John Williams são bem vindos.
7- Nos últimos anos, houve um aumento no número de filmes e livros que abordam como será o mundo daqui a uns anos. Como foi que você escolheu esse futuro?
R: Idealizei o futuro de “O Voo de Icarus” com base na perspectiva de avanços da tecnologia da informação e da nanotecnologia. Futuramente, a computação quântica proporcionará a criação de mundos virtuais que serão indistinguíveis de nosso mundo e a nanotecnologia operará até em nosso cérebro através dos nanorrobôs (para ter idéia do tamanho de um nanorrobô, imagine que mais de 2 milhões deles podem caber dentro um pequeno comprimido).
8- Você acredita que um dia pode acontecer de verdade o que acontece no seu livro?
R: Naturalmente. As tecnologias que citei acima já estão em estudo. Talvez possa demorar um pouco mais ou um pouco menos.
9- Quanto tempo você trabalhou no projeto de "O Voo de Icarus"? Como foi até que ele chegasse às livrarias?
R: Trabalhei por quase dois anos neste livro. Depois que estava tudo certinho, preparei o original e enviei à Novo Século Editora. Três meses depois, a editora entrou em contato para tratarmos da publicação.
10- Gostaria muito de agradecer você ter tirado um tempinho para nos responder. Nós da REVISTA GALAXY estamos muito felizes e desejamos um sucesso enorme para a sua carreira!
R: E eu agradeço a Revista Galaxy por essa oportunidade de divulgação do meu trabalho.
Conte pra gente o que vocês acharam da entrevista, e não deixem de dizer como vocês acham que pode ser o nosso futuro, com essa evolução cada vez maior em que o nosso mundo vive!
R: A ideia surgiu há uns oito anos quando eu comecei a adquirir muito interesse pelo lado subconsciente da mente humana. Pesquisei sobre a influência de agentes químicos a nossa percepção e li muitos temas filosóficos referentes à subjetividade. Mas isso não era o bastante, eu queria imaginar essas questões 60 anos no futuro. Adoro aquelas ficções científicas que exploram as características técnicas das tecnologias vindouras. Logo, reuni esses ingredientes e criei a trama de O Voo de Icarus.
2- O que você pensa sobre os leitores brasileiros? Acha que eles dão mais valor para os livros que são de autores de fora, ou acha que isso já esta mudando?
R: Os livros mais vendidos do Brasil são de autores estrangeiros. Esporadicamente, algum autor nacional pode figurar na lista dos dez mais vendidos, mas é raro. Mesmo que o número de autores nacionais, sobretudo os de literatura fantástica, tem aumentado significativamente nos últimos anos, os bestsellers internacionais ainda imperam. Eles já chegam como blockbusters. Não é por falta de qualidade que a literatura nacional não tem se destacado, mas por falta de marketing editorial. Grandes editoras nacionais não querem correr riscos. É muito mais seguro publicar aquilo que já é um sucesso lá fora.
3- Pensa em escrever mais um livro? È o seu primeiro livro?
R: Depois que lancei O Voo de Icarus, participei de 6 antologias e, este ano, será lançada uma antologia da qual sou organizador. O Voo de Icarus foi meu primeiro livro, depois de ter participado de uma antologia de ficção científica e outra de terror. Já dei início ao meu segundo livro, porém, creio que vai demorar um pouco para o lançamento, pois envolverá muita pesquisa. Será uma história alternativa na qual, neste momento, ocorre a terceira guerra mundial.
4- Até onde você acha que nossa mente pode nos levar?
R: Pode nos levar ao sucesso. Pode nos levar ao fracasso. Pode nos levar a uma grande revelação. Pode nos levar a uma ilusão. Ela nos leva onde desejamos ir, apesar de desse desejo poder ser inconsciente.
5- Você acha que as vezes preferimos fugir de nossas realidades? Por que?
R: Algumas pessoas preferem, sim. E a quantidade daqueles que preferem administrar um mundo irreal a conviver com a dureza do mundo considerado “real” vem crescendo significativamente. A pressão pela equiparação social é grande. As pessoas desejam os melhores apetrechos tecnológicos, as melhores marcas de vestuário, os automóveis mais sofisticados, etc. As cobranças profissionais são intensas e o tempo disponível para o lazer está mais escasso. A quantidade de informação disponível pela web é tanta que não é mais possível assimilá-la numa vida. Horas e horas são gastas com o convívio virtual. Os valores humanos vêm perdendo terreno em detrimento de uma cultura mais individualista. Muitos percebem que não estão mais conseguindo acompanhar a maré, mas não admitem isso. Como eu escrevi no livro, “o ser humano costuma se tornar escravo daquilo que cria”. E as cobranças sociais e profissionais prosseguem. Surge a aflição, o desespero, a depressão, a agonia e o pânico. “Realidades alternativas” podem vir a ser atraentes, tais como o álcool e as drogas, e alguns usuários se tornam viciados. Chegam ao fundo do poço, mas continuam cavando. Enxergam Deus no fundo de um copo de uísque ou na fumaça vinda da queima de um baseado ou de drogas mais pesadas. Não são todos que buscam tratamento médico por receio de enfrentar os agentes causadores de seus males. Resumindo, a fuga para a irrealidade começa quando há uma má conduta da realidade.
6- Você tem alguma mania? Alguma coisa que você SEMPRE faz antes de começar a escrever? Um jeito de se concentrar ou algo assim..
R: Sim. Gosto de ouvir uma boa música. Quando escrevo algum trecho de ação, gosto de me inspirar com algumas trilhas de Hans Zimmer e Trevor Rabin. Quando o tema é mais introspectivo, sons mais melódicos de Jerry Goldsmith e John Williams são bem vindos.
7- Nos últimos anos, houve um aumento no número de filmes e livros que abordam como será o mundo daqui a uns anos. Como foi que você escolheu esse futuro?
R: Idealizei o futuro de “O Voo de Icarus” com base na perspectiva de avanços da tecnologia da informação e da nanotecnologia. Futuramente, a computação quântica proporcionará a criação de mundos virtuais que serão indistinguíveis de nosso mundo e a nanotecnologia operará até em nosso cérebro através dos nanorrobôs (para ter idéia do tamanho de um nanorrobô, imagine que mais de 2 milhões deles podem caber dentro um pequeno comprimido).
8- Você acredita que um dia pode acontecer de verdade o que acontece no seu livro?
R: Naturalmente. As tecnologias que citei acima já estão em estudo. Talvez possa demorar um pouco mais ou um pouco menos.
9- Quanto tempo você trabalhou no projeto de "O Voo de Icarus"? Como foi até que ele chegasse às livrarias?
R: Trabalhei por quase dois anos neste livro. Depois que estava tudo certinho, preparei o original e enviei à Novo Século Editora. Três meses depois, a editora entrou em contato para tratarmos da publicação.
10- Gostaria muito de agradecer você ter tirado um tempinho para nos responder. Nós da REVISTA GALAXY estamos muito felizes e desejamos um sucesso enorme para a sua carreira!
R: E eu agradeço a Revista Galaxy por essa oportunidade de divulgação do meu trabalho.
Conte pra gente o que vocês acharam da entrevista, e não deixem de dizer como vocês acham que pode ser o nosso futuro, com essa evolução cada vez maior em que o nosso mundo vive!